ASA leva bandeira da convivência com o Semiárido para a Cúpula dos Povos

ASA leva bandeira da convivência com o Semiárido para a Cúpula dos Povos

Gleiceani Nogueira - Asacom 30/05/2012

Sorriso no rosto mostra felicidade da família em ter  água potável ao lado de casa| Foto: Asacom/Eduardo Queiroga No momento em que o Semiárido enfrenta a pior seca dos últimos 30 anos, a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) quer reforçar na Cúpula dos Povos o debate da convivência com o Semiárido como a principal estratégia para o desenvolvimento sustentável da região e promoção de vida digna para as famílias agricultoras. A Cúpula dos Povos ocorrerá de 15 a 23 de junho, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O evento vai reunir representantes de entidades e movimentos sociais e populares para debater as causas estruturais da atual crise civilizatória e construir novos paradigmas para o futuro do planeta. A ASA é membro do Grupo de Articulação do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20. “A principal bandeira da ASA será apresentar como conviver no Semiárido brasileiro, particularmente tratando da questão da água, da importância que ela tem para a vida e se contrapondo a qualquer forma de mercantilização desse bem e de outros bens comuns da natureza que são necessários para se viver”, destaca o coordenador da ASA pelo estado do Rio Grande do Norte e representante da rede no Comitê Facilitador, Procópio Lucena. Além de provocar o debate sobre a democratização da água na região que mais sofre pela sua escassez, a ASA pretende deixar um legado na Cúpula dos Povos que é a construção de duas cisternas na comunidade do Alemão em parceria com a Fundação Banco do Brasil e a Verdejar, uma entidade que trabalha com agroecologia urbana. A comunidade vai receber uma cisterna de 16 mil litros, que acumula água para o consumo humano, e uma cisterna-calçadão de 52 mil litros, que vai servir para os moradores plantar hortaliças e cultivar mudas para reflorestamento do morro. Além disso, será construída uma cisterna biodegradável, em miniatura, no Território do Futuro, espaço destinado para exposição e diálogo de projetos e experiências da sociedade civil. A cisterna será interligada a uma casa e a um calçadão, para mostrar de forma real como funciona as duas formas de captação de água da chuva das cisternas que a ASA trabalha. A Articulação também foi convidada pela Fundação Avina para participar do Fórum de Empreendedorismo Social no dia 17 de junho, cujo tema principal será governança da água. Além disso, a experiência do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) vai fazer parte de uma exposição fotográfica chamada “Água, Rios e Povos”, que vai funcionar no Pavilhão Azul, espaço destinado às discussões sobre água. Além da ASA, a exposição vai mostrar projetos relacionados ao tema de 25 países. A Articulação terá também um espaço para divulgar materiais de comunicação como vídeos, cartilhas e folderes, produzidos a partir da experiência das comunidades rurais que têm ampliado a sua consciência cidadã de que água é um direito e não favor. “Vamos levar para a Cúpula todo um acúmulo, toda uma caminhada e uma experiência de vida, de construção de qualidade de vida a partir da experiência do agricultor e da agricultora familiar, em particular do estoque da água para a convivência com o Semiárido”, enfatiza Procópio - SEAPAC.  Fonte: ASA BRASIL