segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Agroecologia e Combate a Desertificação: Experiências Camponesas


Local: Secretaria Municipal de Ação Social, Janduis;
Dia: 01/02/2011
Hora: 8:00 as 12:00h.











quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Credioeste-Sol define ações para Messias Targino


Raimundo Canuto - Presidente

Durante toda manhã desta quarta-feira (26), aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Messias Targino uma reunião da Cooperativa de Crédito Solidário da Agricultura Familiar do Oeste Potiguar (CREDIOESTE-SOL), com representantes de entidades e associações locais, onde foi discutido e definido metas para serem trabalhadas no ano de 2011 no município visando o fortalecimento da agricultura familiar.

De acordo com o presidente da entidade, Raimundo Canuto de Brito, a reunião definiu as propostas que serão trabalhadas no município. “Esse planejamento será apresentado na assembléia prevista para o mês de março”, informou o dirigente.


Ruberlandio

Além das ações que foram definidas no encontro, no dia 11 de fevereiro, a direção da Cooperativa de Crédito Solidário da Agricultura Familiar do Oeste Potiguar (CREDIOESTE-SOL) realizará duas atividades em Messias Targino. Pela manhã está programado um encontro com as entidades parceiras da CREDIOESTE-SOL e a noite acontecerá um encontro com os comerciantes local.

Participaram da reunião, Pôla Pinto, Coordenador Estadual de Formação Sindical e Profissional da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte - FETRAF/RN e presidente do Sintraf, Manoel Cardoso Neto do Fórum da Agricultura Familiar, Taironey Medeiros, Associação Acácio Medeiros, Douglas da Associação Francisca de Oliveira, além do técnico da Credioeste-Sol, Ruberlânio Franco, que coordenou o encontro, Diassis França e Raimundo Canuto de Brito que presidem a entidade.

Fonte: Blog: polapinto.blogspot.com

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uso de adubo orgânico na agricultura aumenta a produção de alimentos


Zé de Militão e seu filho fazendo a revirada e molhando o esterco de bovino

O Uso de adubos orgânicos na agricultura de sequeiro possibilita uma maior produção de alimentos para os camponeses. A terra produz o alimento que os vegetais precisam, isso ocorre devido a uma série de processos dentro do próprio solo, como por exemplo: a ação da chuva, do sol, dos micróbios, dos vermes do solo, do vento, do ar e outros, com a ação conjunta desses elementos a rocha vai se decompondo e se transformando em minerais essenciais para as plantas, como o Nitrogênio, o Phosforo, Potássio, e outros como o Boro, Manganês e outros importantes.
Uma adubação simples é a base de esterco bovino, essa adubação pode ser feita com adubo de ovelha, caprino, bovino, galinha ou de outros animais, todos esses adubos devem ser curtido e colocado sobre o solo e em seguida misturado ao mesmo para que assim possa ser absorvido pelas plantas.

O processo para curtir o esterco é o seguinte, primeiro faz um monte e em seguida molha, deixa descansar por três dias, logo após esse tempo faz a primeira revirada, mexendo todo o material. Daí por diante, fica revirando e molhando de dois em dois dias. O ponto ideal é quando o esterco estiver frio. OBS. Sempre quando for molhar não deixe escorre água, se isso acontecer está perdendo parte dos nutrientes, ou seja, do adubo.

O esterco pode e deve ser aplicado antes do preparo da terra com o arado. Com o arado faz-se o revolvimento, digo, a mistura com o solo, deixando fácil para as reizes absorverem o adubo e assim possibilitar o desenvolvimento uma maior produção de alimentos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Agricultores familiares se preparam para o cultivo de sequeiro.

Tradicionalmente os camponeses cultivam seus alimentos no período do inverno, por isso, chamamos cultivo de sequeiro, pois é irrigado apenas com as águas das chuvas. Nesse período os agricultores plantam tudo que precisam para a sua alimentação, de forma especial o milho; o feijão; o gergelim; a melancia; o gerimum; o arroz vermelho; a batata e outras culturas.

Esses cultivos é sempre incrementado de uma dose de cultura, por exemplo, que eles percebem que o inverno pode ser curto, as sementes plantadas são aquelas que produzem mais rápida, por exemplo 60 dias, do contrário cultivam as sementes mais “tardonas” chegam a produzir com 90 dias. Isso vem desde de os nossos antepassados. Desse modo, as famílias campesinas selecionam suas sementes também desse modo, o feijão ligeiro e o feijão tardão. Outro exemplo da cultura na agricultura é o uso do arado sob tração animal (cultivador), esse vem desde muito tempo, chegou bem antes do trator e por sinal provoca bem menos danos ao solo do que as maquinas pesadas.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Viveiro de mudas, possibilitará melhor qualidade de vida para famílias quilombolas.

Viveiro de mudas


A Comunidade Negra do Jatobá iniciou hoje a construção do viveiro de mudas, uma ação assessorada pela equipe do projeto de ATER QUILOMBOLA uma parceria do Centro Juazeiro e Sertão Verde, apoiado pela SAF/MDA. Esse viveiro terá o objetivo de melhorar a arborização, o fortalecimento dos quintais e a produção de hortaliças.

Produção Agroecologica de Hortaliça em Messias Targino

Dona Maria José Barbosa de Melo
Sitio Junco de Cima

A família integrada e focada na produção agroecologica


Cultivo de Tomate Agroecologico


Alface e Coentro agroecologico


Mini-adutora: JOÃO LUIZ DE AQUINO

Água, um direito de todos

A Comunidade Negra do Jatobá, Município de Patu concluiu o projeto de abastecimento d´água, que terá o nome de “Mini-adutora João Luiz de Aquino”. Esse projeto foi financiado pelo Programa de Desenvolvimento Solidário PCPR II do Governo do Estado do Rio Grande do Norte. Custou R$ 47.000,00 e está beneficiando 25 famílias.

O Direito do acesso a água é garantido em nossa constituição, porém nem sempre isso é de fato e de direito concedido. De forma especial as famílias campesinas sofrem muito mais pelo descaso dos governos e normalmente ficam a margem desse tão importante acesso.

Para as famílias da Comunidade Negra do Jatobá esse projeto veio como uma benção dada por Deus, pois em toda a existência da comunidade o acesso a água era sempre via carroça, galão, e muitas das vezes as mulheres era quem iam buscar água usando uma “ródia” em uma lata d´água que traziam na cabeça.

Segundo Dona Gorete, “antes eu ia pegar água com uma lata dágua na cabeça, hoje tenho água encanada em minha casa, assim fico mais feliz e agradeço a Deus por ter meu direito reconhecido”.

O Projeto foi elaborado e implantado através da assessoria técnica do Centro Juazeiro, segundo o Engenheiro Agrônomo, Fabrício Edino, do Centro Juazeiro, é nossa Missão fazer buscar facilitar o acesso a água para as famílias do campo do Semiárido.








quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Projeto Balaio de Economia Solidária

O Centro Juazeiro através da Rede Pardal iniciou as atividades do Projeto: Balaio de Economia Solidária nas comunidades de Messias Targino e Patu. Esse projeto foi elaborado pela Rede Pardal em parceria com outras entidades como a AVSF – Agrônomos e Veterinário Sem Fronteiras, Rede Xique Xique e CF8, financiado pela União Européia. Tem como objetivo a Geração de Renda e Fortalecimento das Dinamicas de Economia Solidária no semiárido do Estado do Rio Grande do Norte.

O projeto terá a duração de 24 meses e beneficiará grupos de homens, mulheres e jovens que trabalhem com a economia solidária e o beneficiamento dos produtos da agricultura familiar. Com a ação do projeto o Centro Juazeiro fará o acompanhamento as famílias de Messias Targino e Patu, organizadas em cinco grupos.

Hoje a equipe técnica do Centro Juazeiro esteve reunida com o Grupo da Comunidade Negra do Jatobá – Patu e o grupo irá construir um viveiro para produção de mudas. Esse viveiro terá o objetivo de fortalecer os quintais, a arborização, a produção de polpa e a produção de alimentos.

Contamos também com outros parceiros locais, no caso de Patu, está ação está sendo desenvolvida com o apoio do PDA Novo Sertão – Visão Mundial e o STR.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO NO CAMPO: MUDANDO A REALIDADE DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS

O êxodo rural é uma problemática que vem sendo bastante questionada no cotidiano das comunidades tradicionais. Tendo em vista que é da agricultura familiar, que vem cerca de 75% da alimentação dos brasileiros, onde a maioria dessas famílias, acabam tendo que migrar para as grandes cidades por falta de suporte no que se refere às questões básicas de saúde, moradia, educação, geração de renda etc., para que, permaneçam cultivando e produzindo em suas terras.

Entre esses fatores, está à questão da educação, que é a base para se construir um mundo cada vez melhor, já dizia o grande mestre Paulo Freire, “a educação não muda o mundo, a educação muda as pessoas e as pessoas é que mudam o mundo”.

Uma realidade diferente, encontramos no intercâmbio realizado nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011, à cidade de Tururu-CE com pouco mais de 14.000 habitantes, onde foi realizado, troca de experiências entre as comunidades quilombolas de Conceição dos Caetanos e Águas Pretas.

Na comunidade de Conceição dos Caetanos, vivem cerca de 250 famílias, as quais, contam com uma educação de qualidade, escolas com turmas do 1º ao 9º ano e professores tendo o prazer de ensinar uma educação contextualizada voltada para a realidade local, bem como, para a valorização de comunidades quilombolas.

Na escola Caetano José da Costa, a diretora Auxiliadora e a coordenadora Wilma relatam que “aqui os projetos são trabalhados visando o resgate da cultura, a valorização da identidade negra”.

O município está de parabéns por incentivar e valorizar a educação dessas pessoas e a permanência das mesmas em suas terras em especial a secretaria de educação na pessoa de dona Hildete Bonfim que é uma mulher determinada e que abraçou essa causa.

Intercambio entre Comunidades Quilombolas possibilita troca de experiências

A Comundade Negra do Jatobá, Município de Patu/RN, visitou outras duas Comunidades Quilombolas em Tururu-CE. O intercãmbio foi proporcionado pelas entidades da Rede Pardal, o Centro Juazeiro e o Núcleo Sertão Verde e financiado pela SAF – MDA – Governo federal. Aconteceu nos dias 11 e 12 de janeiro nas Comunidades Águas Pretas e Conceição dos Caetanos.

Em Conceição dos Caetanos foi possível vê as atividades produtivas, sociais, educacionais e culturais. Na parte cultural, percebemos a importância da consciência negra assimilada pelas famílias. Já em Águas Pretas foi visível a importância da educação contextualizada.

Participaram dessa atividade 25 famílias da Comunidade Negra do Jatobá – Patu/RN. Contamos com o apoio total da Prefeitura Municipal de Tururu, através da Secretaria Municipal de Cultura.

Segundo Maria José de Almeida, presidente da Associação da Comunidade Negra do Jatobá, “depois desse intercambio, os jovens terão a oportunidade de pensar e agir diferente buscará assumir mais responsabilidade com a identidade negra e a cultura das famílias do Jatobá”

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Casa de Semente possibilitará sementes no tempo certo.

A Associação Esperança em Messias Targino/RN, inicia o processo de organização da Casa de Semente. Na Comunidade Canta Galo as famílias se organizam a partir da associação e buscam fortalecer o cultivo de sequeiro, a estratégia principal e disponibilizar sementes a tempo e na hora certa.

Com essa ação as famílias ganharam mais autonomia e agilidade no cultivo de sequeiro. Hoje a comunidade tem sementes disponível de milho, feijão, gergelim, fava e outras espécies. De inicio essas sementes estão sendo adquiridas pelas próprias famílias através de doação e ou aquisição e organizadas em estantes feitas exclusivamente para acomodar em garras peti. Logo nas primeiras chuvas as famílias receberão as sementes desejadas e disponíveis, esse empréstimo será registrado em um livro. Ao final da colheita as famílias devolvem as sementes para serem armazenadas na casa.

A Casa de Semente da Associação Esperança faz parte de uma articulação que vem sendo desenvolvida em parceria com outras organizações do Município como o STR, o SEAPAC e a Associação Santa Terezinha. Da mesma forma está acontecendo em outras duas associações.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cerca de 1,5 mil produtores orgânicos estão de acordo com as novas regras do Ministério

  
Tomate Cereja

Após o término do prazo de cadastro dos produtores orgânicos, na última sexta-feira, 31 de dezembro, a primeira avaliação do Ministério da Agricultura aponta que cerca de 1,5 mil produtores orgânicos estão de acordo com as novas regras e mais 3,5 mil estão em processo final de cadastramento. "São cinco mil projetos de produtos adequados à norma, número que deve crescer com a adoção do sistema oficial de cadastro", explica o chefe da Divisão de Controle de Qualidade Orgânica, Roberto Mattar.

Mattar reforça que quem ainda não se cadastrou no sistema deve se adequar às novas regras e vincular-se à alguma entidade certificadora. Aqueles que fazem venda direta devem se cadastrar no hosite do Ministério da Agricultura. Os interessados também podem procurar as superintendências federais do Mapa para as orientações sobre o processo de regularização.

A legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos: a certificação, os sistemas participativos de garantia e o controle social para a venda direta sem certificação. Os agricultores que buscarem a certificação e estiverem de acordo com as normas poderão usar o selo oficial nos seus produtos. O selo é fornecido por certificadoras cadastradas no Ministério da Agricultura que são responsáveis pela fiscalização dos produtos.

O selo também poderá ser concedido pelos sistemas participativos de garantia, associações de produtores que fazem o processo de auditoria, fiscalização e certificação. Já os produtores que vendem por conta própria seus produtos de origem da agricultura orgânica receberão, ao se cadastrar no site do ministério, uma declaração que os autoriza a realizar as vendas em feiras e entregas em domicílio.
Os produtos orgânicos são cultivados sem emprego de agrotóxicos e fertilizantes químicos, são provenientes de sistemas agrícolas baseados em processos naturais, que não agridem a natureza e mantêm a vida biológica do solo ativa. As técnicas para se obter o produto orgânico incluem manejo orgânico do solo e diversidade (rotação) de culturas, que garantem a qualidade dos alimentos. Também são características fundamentais na produção orgânica a responsabilidade social e ambiental, como o uso adequado do solo, água, ar e recursos naturais.



Fonte: Blog Pola Pinto

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TECENDO SONHOS: COLHENDO GRANDES CONQUISTAS

A Comunidade Negra do Jatobá fica localizada a 8 quilômetros da cidade de Patu no Estado do Rio Grande do Norte. Lá vivem cerca de 68 pessoas numa terra de 85 hectares.Todos descendentes de Manoel e de Raimunda, que eram escravos de um grande proprietário das terras de patu de fora durante o século XIX. A propriedade foi adquirida em 1941, pois os mesmos entendiam que possuir um pedaço de terra era uma estratégia fundamental, era um lugar que servia de esconderijo para todos os parentes e amigos que tentavam a todo custo fugir das armadilhas.

Hoje essas famílias lutam com determinação e coragem enfrentando a cada dia os desafios em busca de qualidade de vida e igualdade para todos/as que ali residem. E foi a partir dessa união e da organização que surgiu o grupo de artesanato das mulheres quilombolas “Tecendo sonhos”. As mesmas foram contempladas com maquinas de costuras pela Palmares, com a construção de uma sede pela Fundação Banco do Brasil e também vem sendo assessorada por uma equipe técnica multidisciplinar da Sertão Verde em parceria com o Centro Juazeiro através do projeto de ATER Quilombola financiado pela SAF-MDA. Dentre as ações de ATER, destacam-se as oficinas de corte e costura que foi pensado de forma que viesse fortalecer o processo de produção organização e qualificação das mulheres quilombolas.

As mulheres executam varias atividades e também participam de encontros com inúmeras organizações sociais como: sindicato dos Trabalhadores/as Rurais. Palmares, Quilombo entre outras. E foi a partir desses encontros que surgiram diversas oportunidades que vieram somar para mudar a realidade das mulheres e de toda a comunidade. O grupo reúne-se duas vezes por semana os encontros acontecem na sede da comunidade. Foram feitas visitas pela equipe técnica que diagnosticou e planejou junto com o grupo a partir do interesse coletivo todo o processo de capacitação, organização e produção.
Hoje existe uma diversidade de produtos na comunidade como: o trançado de fitas, o trabalho com coxim, conjunto de cozinha, enfeite de pano de pratos, vagonite, almofadas trabalhadas, toalhas enfeitadas com seda e bico entre outras.
A comercialização desses produtos se dá através de feiras, encomendas, festas locais e em cidades circo vizinha.
Segundo Ana Servula artesã ativa, “essa experiência mudou muito a minha vida, pois tinha uma vida ociosa e agora vejo que tenho uma oportunidade de mudar a minha vida e ainda ajudar a aumentar a renda da minha família”.

Como afirma dona Dulcineia da Silva “Esse tipo de trabalho é uma terapia, assim esqueço um pouco que tenho problemas de saúde “.

Além das atividades do grupo as mulheres fazem parte da Diretoria, são a maioria nesse espaço de organização, ocupando as funções de presidente, tesoureira e secretária. Participam ativamente da organização do Fórum dos Movimentos Populares de Patu.

Uma grande conquista que simboliza a força, a coragem, a determinação, a união, é a implantação da mini-adutora que disponibilizará água encanada para todas as famílias quilombolas da comunidade. Esse projeto foi elaborado pela equipe técnica e financiado pelo Programa de Desenvolvimento Solidário, um investimento de R$ 44.000,00 (quarenta e quatro mil reais). Isso representa um marco na comunidade e de forma especial para as mulheres, pois são elas, as responsáveis pelo abastecimento da água em suas casas, o qual é feito através de uma carroça e na maioria das vezes carregam a lata d’agua na própria cabeça. Desse modo, irão ganhar mais liberdade, autonomia, e tempo para se dedicar ao grupo “Tecendo sonhos”.